Por que Uzá morreu ao tocar na Arca da Aliança?

Por que Uzá tocou na arca da aliança, e qual foi a consequência de seu ato? Como o sentimento envolvendo Uzá no Antigo Testamento ilustra a importância da obediência às leis e diretrizes divinas? O que a história de Uzá pode nos ensinar sobre a santidade da arca da aliança e o respeito que devemos ter ao lidar com coisas sagradas? Como o evento relacionado a Uzá no Antigo Testamento reflete a crença na presença e poder de Deus? Quais foram as lições espirituais que os reconheceram aprenderam com a experiência trágica de Uzá? Como a história de Uzá se relaciona com outras passagens do Antigo Testamento que falam sobre a santidade e reverência a Deus?

Este episódio, envolve Uzá e a Arca do Senhor. A base está em 2 Samuel 6 e você pode encontrar também em 1 Crônicas 13.

O Texto bíblico diz:E tornou Davi a ajuntar todos os escolhidos de Israel, em número de trinta mil” (2Sam 6.1).

Com forte desejo em recuperar a Arca das mãos dos filisteus, o rei Davi reuniu aproximadamente 30k pessoas, para este digno e honroso trabalho. Lembrando que a Arca, fora roubada por negligência de Eli e sua casa, "mais especificamente seus filhos".  (Leia 1Sam 4-8)

Desta forma, o rei Davi e sua comitiva “puseram a arca de Deus em um carro novo, e a levaram da casa de Abinadabe, que está em Gibeá; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo." (2 Sm 6:3).

Diante do relato do capítulo 6, de (2 Sam), podemos observar que Davi estava cheio com muito boa intenção, ao trazer a Arca que representava a Presença de Deus, para o seu lugar de direito. Só que, para Deus, não pesa, apenas o fato de possuir boas intenções, bons desejos, bons planos... Davi tinha um bom plano, mas não se preparou para ele. 

Encontramos no livro do Êxodo 25.14, Deus especificando à Moisés, como ele desejava que fosse transportado a sua presença (por meio da Arca). Deus ordenou ao profeta Moisés, que fizesse varas de madeira da árvore de acácia, e cobrisse-as com ouro puro, e depois, colocasse-as nas argolas, ao lado da Arca, para o que o transporte fosse feito com cuidado e por meio dos ombros dos sacerdotes e dos  levitas.


Quem carregava a Arca nos Desertos?

Segundo o relato bíblico, eram confiado aos filhos de Coate (Nm 4.15; 7.9). Esses homens eram os descendentes de Arão, de Moisés e de Miriam. O ministério exclusivo desses homens, eram carregar a Arca do Senhor nos ombros (Nm 7.9). Que ministério esplendido, não? 

Deus, por meio do Líder Moisés, havia especificado, qual a forma desejada para transportar a Arca do Senhor de um lado para outro. 

Diante de toda a organização requerida por Deus, encontramos o rei Davi realizando o processo, totalmente diferente, totalmente do seu jeito. Ele convoca muitas pessoas, e ordena que a Arca, fosse carregada por meio de uma carroça nova.

Enquanto a Arca estava sendo transportada através dos carros de bois, o povo estava sorrindo e se alegrando com aquele fato. Até que Uzá, um dos homens encarregados pelo transporte, viu a Arca caindo e estendeu suas mãos para tentar segurá-la, protege-la do chão. 

Por que Uzá foi fazer isso hein?

Conhecendo a história, podemos observar que este Uzá, também foi totalmente negligente com a presença do Senhor, ao transportar a Arca. 

A Bíblia nos diz que, esta mesma Arca ficou por volta de 20 anos na casa de Abinadabe, o pai de Uzá e Aiô (1 Crô 8.33; 9:39; 10:2). Que estavam incumbido pelo transporte da Arca. 

20 anos Uzá olhou para a Arca, e, quem sabe lembrou de onde ela veio, como ela deu vitórias ao povo de Deus.

20 anos refletindo sobre como, e porque Deus mandou Moisés construir uma Arca no deserto. 

E mesmo assim, pelo que parece, Uzá nada aprendeu por meio da Lei de Deus, sobre como manusear corretamente a a Arca.

Naquele exato momento em que Uzá tentou segurá-la, Deus ficou irado e feriu Uzá, e este acabou morrendo ali mesmo.

Jonathan Edwards(1703-1758) em seu sermão sobre Santidade, ao comentar esse texto, diz que Uzá pensou que o chão barrento ou empoeirado era mais sujo do que o coração humano. Mal sabia ele, que o chão sujo e empoeirado era muito mais seguro para a Arca do que um coração orgulhoso. 

Talvez Uzá pensou, "Ah, eu tenho experiência, afinal de contas, foram 20 anos em que a Arca do Senhor ficou diante de mim".

Mal sabia ele, que o resultado de sua decisão, de tocar na Soberana Santidade de Deus, rendeu-lhe uma sentença de morte.

Após a morte de Uzá, o rei Davi ficou muito contristado, abandonou o projeto de trazer novamente a Arca do Senhor. Cheio de temor, Davi a deixa, na casa de Obede-Edom, o Giteu (2 Samuel 6:10).

Essa história é vista como um lembrete sobre a Santidade de Deus e da importância de seguir Suas orientações inquestionavelmente. Essa passagem mostra-nos que: boas intenções não justificam a desobediência aos Seus Santos Mandamentos. Relatos assim, nos traz a memória, sobre a importância do ensino e da necessidade de obediência e reverência à vontade divina.

#TOMENOTA: As boas intenções não podem substituir a prática da Soberana Vontade de Deus. Fomos chamados por Deus para obedecermos os seus preceitos, e não para moldar os seus preceitos às nossas vontades

Existem muitas pessoas que possuem boas intenções, mas suas ações podem levar à consequências negativas ou fazer coisas consideradas erradas. Exemplo do que estou falando? Segue alguns:


- O idealista irresponsável: Essa pessoa pode até possuir ideais nobres, e desejar ajudar outras pessoas, mas quando age de maneira impulsiva, sem considerar as consequências de suas ações, ele está agindo incoerentemente e em desacordo com a vontade de Deus. 

Por exemplo, ele pode querer promover um protesto contra a corrupção, mas acaba incitando a violência, ele e sua equipe promove badernas nas ruas e etc. Este idealista esta como Uzá, que fazer as coisas certas, mas por meios incorretos. 

- Outro exemplo é o doador imprudente: Essa pessoa pode até ser generosa e desejar ajudar financeiramente os necessitados... mas acaba doando dinheiro para pessoas financiarem seus vícios e entrega grana para as organizações fraudulentas ou que não usaram os recursos de forma correta, para amenizar a dor das pessoas. Ele tem boas intenções, mas suas ações passa por caminhos incorretos. 

- E o pai superprotetor: o pai ou mãe que age assim, pode até desejar proteger excessivamente seus amados filhos, mas acabará sufocando-os e privando-os de experiências que são importantes e essenciais para a vida e desenvolvimento pessoal, social, espiritual de seus filhos.

- O empreendedor ambicioso: O exemplo desta pessoa, passa pelo querer alcançar o sucesso nos negócios, isso é bom, isso é saudável. Mas quando ele começa negligenciar a coerência, a ordem, e adere a vida desonesta ou antiética para conseguir muito mais lucros, prejudicando assim outras empresas ou clientes, esse empreendedor cai no erro de Uzá. Querer coisas boas, usando meios errados. 

Que o Espírito Santo nos poupe e guarde nossos corações da síndrome de Uzá: "Aqueles que desejam boas coisas, mas usam meios incorretos, meios que não agradam a Deus". 


Comente abaixo o que achou do artigo? Mande sugestões e perguntas para que eu possa escrever mais. Abç!

Comentários

  1. Sempre tive curiosidade de entender melhor essa passagem bíblica valeu a explicação

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